MAQUINA
Máquina é um ritual de desmortificação contra a ordem estabelecida.
Máquina é uma crítica ao poder e ao sistema necropolítico maquiavélico.
Garanta o seu ingresso: https://shotgun.live/pt/venues/teatrodapombagira

Baseado no argumento poético “Desmortificar” escrito durante a pandemia por Marcelo Denny e Marcelo D’Avilla, o Teatro da PombaGira traz a tona a nova pesquisa do grupo, com uma dramaturgia performativa coletiva que busca cultuar a vida e fazer dos ritos pessoais uma elevação de força conjunta.

O Teatro Mars, espaço pensado para ser um bunker de criatividade, após um hiato de vinte anos, recebe uma temporada pensada para sua arquitetura, através de uma encenação que busca uma insurreição diante da morte iminente em tempos sombrios.

Máquina é uma experiência dilatada, que conta com DJ set de convidados do movimento de festas independentes e bar aberto, uma imersão fora do tempo real do sistema, com público vivo e em deslocamento pulsante dentro do Teatro Mars, celebrando o pensamento das insurgências radicais de vida como potência delirante dos corpos em cena, pois somente os corpos vivos podem desmortificar.

Máquina é uma experiência mais que híbrida, é promíscua. Um espetáculo que flerta com o show, pois possui uma carga de energia ao vivo, teatralidade e coreografias exageradas. Máquina é uma obra relacional que explode o limite entre o performer e o público, um ato ritualístico contra o poder e a ordem, uma encenação que começa e termina dentro de uma boate, como uma zona temporal autônoma, deslocada do cotidiano.

Assim como a sociedade durante a pandemia vivencia o espectro de luto mundial, o coletivo perde seu fundador e diretor Marcelo Denny. Denny guiou, junto de Marcelo D’Avilla, a pesquisa “Homo Eros”, que deu vida aos espetáculos Sombra (2018), Demônios (2017) e o premiado Anatomia do Fauno (2015). Foi durante a pandemia, residentes no Teatro Mars, o grupo inicia a construção de Máquina, o primeiro espetáculo da pesquisa “Desmortificar”.

A partir da provocação arquitetônica do Mars, que é como sua fundadora Lilian Breda diz, “um cirque du soleil punk”, as Pombagiras passam a experimentar as multiplicidades e as possibilidades promíscuas que o espaço provoca. A experiência que o grupo busca causar como catarse no público é a retomada do encontro, do estar junto e presente, é a energia de um pacto social do aqui e agora. Algo que se inicia num happy hour, atravessa as críticas políticas, retoma o brilho de si, tira o espectador do seu lugar pacato e estático e permite a sensação de estar vivo. Num mix de DJ set e teatralidade, ao melhor estilo e em homenagem a La Fura dels Baus e Marcelo Denny, Máquina ainda contará com presença e discotecagem de DJs da cena de festas independentes que movem a cultura noturna da capital. Em junho, seu mês de estreia, contará com sets de Andrea Gram, Ledah, Gezender, Naty Posner, Clemix, Brugnara e Pejota.

Máquina é realizado sem apoio financeiro, sem editais, e é uma obra manifesto do Teatro da Pombagira, que sobrevive pela iminência de operar vida. Máquina é uma crítica às violências radicais do estado, e uma ode à vida e à morte, mas principalmente à vida.

Pré-estreia: 02 de Junho, 20h.
Temporada: 06, 07, 13, 14, 27 e 28 de Junho — às 20h.
Teatro Mars — Rua João Passalaqua, 80, Bela Vista, São Paulo, SP.
Garanta o seu ingresso: https://shotgun.live/pt/venues/teatrodapombagira
Valores por lotes – R$40 a R$100.
P O R T F O L I O

DEMONIOS
Demønios é um híbrido de dança, performance e teatro físico que traz uma reflexão cênica sobre três perigos que rondam o universo homoerótico contemporâneo: a lógica consumo-descarte do sistema socioeconômico; a melancolia e os transtornos psíquicos como sintomas da falência do sujeito; e o neofascismo conservador que avança de forma cada vez mais assustadora.
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A Fome da Carne
Sua carne tem fome do que? Como podemos ouvir as súplicas do corpo em nome da mais sagrada fome: o desejo? Buscando dilacerar essas questões do corpo homossexual masculino de forma íntima, visceral e poética. Com A Fome da Carne o Teatro da Pombagira dá sequência a sua pesquisa Homo Eros, agora em vídeo. Celebrando a potência dos corpos que desprendidos da cultura conservadora dos dias atuais flertam com suas peles e entranhas numa vertigem erótica e irracional.
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O Cu do Mundo
Em 2018, Adriana Calcanhotto gravou para seu álbum A Mulher do Pau Brasil a música O Cu do Mundo, composta por Caetano Veloso, e convidou o Teatro da Pombagira para produzir o clipe oficial da faixa usando a estética e a performatividade do espetáculo Demønios. O clipe foi gravado no dia 18 de outubro de 2018.
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SOMBRA
Em Sombra, inspirado no livro de Alberto Manguel A Biblioteca à Noite, o Teatro da Pombagira fala da censura do conhecimento e dos corpos; de repressão, julgamento e necropolítica, imergindo o público em um ambiente que revela as obras que foram deixadas nas prateleiras mais altas, trancadas ou até mesmo retiradas de circulação, seja por seu conteúdo queer, erótico ou fantasioso. A ação performativa acontece em vários níveis, transformando o espaço físico, ampliando ações de pequena escala projetadas ao vivo em uma tela monumental e criando assim um ambiente audiovisual surreal e altamente erótico.
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Pele Digital
O que atravessa a sua Pele? Em Pele Digital essa pergunta norteou um processo criativo onde os performers foram buscando responder à provocação criando uma “cenografia corporal” como forma de criar uma paisagem visual para suas verdades, traumas, anseios e particularidades a partir de suas vivências mais singulares.
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Narciso
O mito do Narciso é constante em nosso cotidiano homoerótico. Um sempre quer o outro mais belo, e o mais belo com o mais belo ainda e assim por diante. Gerando um ciclo vicioso de egos, filtros, poses, comportamentos e tesão na imagem. Um corpo sozinho em cena, diversas imagens, questionamentos, radicalidades e potência, assim como o aprisionamento, vício e decadência da era da imagem, do belo.
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Anatomia do Fauno
Inspirado pela poética utópica de Arthur Rimbaud, que sonhava com uma língua universal sem palavras que tocasse diretamente os sentidos, “Anatomia do Fauno” atua nos limites entre o teatro e a performance. A figura mitológica do Fauno, retirado de seu ambiente natural e posto numa cidade como São Paulo, é um fio condutor para essa jornada pelas sombras e luzes artificiais das noites metropolitanas. Caminhando da doença à cura, este Fauno é guiado para a anatomia de um corpo que supere os fracassos de nossa humanidade consumista.
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Viver é Urgente
A performance-ritual “Viver é Urgente” é uma homenagem a Marcelo Denny, resultante da união de ideias, tecnologia, história e risco de vida.
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Videoclipes
O Teatro da Pombagira foi convidado por Clarice Falcão e Adriana Calcanhotto para concepção, direção e produção de seus videoclipes.
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Casa de Criadores
Um novo jeito de pensar a moda. Através de um registro audiovisual costurando todas as poéticas das marcas envolvidas no line da 49ª edição da Semana de Moda da Casa de Criadores, o Teatro da Pombagira foi desafiado a encenar dentro do Teatro Mars um espetáculo.
Clique para ver mais informações e o vídeo completo do espetáculo.
O Teatro da Pombagira há 15 anos baseia-se em experimentação e hibridismo para criar ações que fundem as linguagens da performance, do teatro, da dança e do audiovisual.
Acreditamos na força do arquétipo brasileiro da Pombagira como tradutora do tipo de cena que construímos. O Teatro da Pombagira não está ligado à Umbanda ou a qualquer religião de matriz africana ou outra. Emprestamos da Umbanda o nome e principalmente a força da Pombagira como forma de expressão da potência, malícia, fisicalidade e sexualidade características de uma performatividade tipicamente brasileira. Como estética cênica, celebramos o corpo no centro de um teatro de imagens que foge dos diálogos típicos da dramaturgia textocêntrica, alcançando nossa potência através da visualidade, da cenografia, da trilha sonora e da qualidade do corpo presente em cena.
Em 2015 iniciamos a pesquisa “Homo Eros”, construindo trabalhos que partem da homossexualidade masculina como princípio de investigação crítica e poética de temas que atravessam a experiência gay hoje. O Teatro da Pombagira performa os aspectos castradores de nossa sexualidade e como eles afetam nossa subjetividade, nossa política e o nosso desencantamento do mundo, poetizando o esgotamento contemporâneo pela ótica das forças do corpo como metáfora da sociedade. Anatomia do Fauno esgarçou experiências eróticas ligadas à solidão desesperada, amores abortados, medo e culpa para sobre esses destroços desenhar uma utopia de liberdade e alegria. Em Demønios investigamos os demônios que atormentam e esgotam nossas forças vitais e transmutam as relações contemporâneas em uma dinâmica frenética de consumo e descarte. Fome da Carne traz peles e entranhas numa vertigem erótica e irracional como súplica do desejo. E em Sombra, falamos da censura do conhecimento e dos corpos; de repressão, julgamento e necropolítica.
Em 2020, damos continuidade à pesquisa Homo Eros em nova residência com a construção de dois novos trabalhos que estão atualmente em construção.
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